"Quem sabe direito o que uma pessoa é? Antes sendo: julgamento é sempre defeituoso, porque o que a gente julga é o passado."

(Guimarães Rosa - Grande sertão: veredas)






quarta-feira, 9 de julho de 2014

Pará - 28 de junho a 6 de julho

"Minha vida é andar por esse país
 Pra ver se um dia descanso feliz..."
 (Luiz Gonzaga)

     Não imaginava voltar tão cedo para o estado do Pará. Quando a oportunidade de acompanhar meu noivo na viagem para levar o carro que meu cunhado comprou aqui, não pensei duas vezes. Fiquei ainda mais empolgada por ser uma viagem de carro, coisa que sempre quis fazer.
     Mais de 2.400 km. Tudo o que eu queria! Conhecer outras estradas, outras regiões...

Google Mapas nos ajudou muito durante a viagem.

     Saímos de Taubaté no dia 28 de junho. Fomos pela Dutra até Jacareí. Lá entramos na rodovia Dom Pedro I. Passamos, também, pelas rodovias Anhanguera, Washington Luiz e BR 326. 
     Paramos num posto de gasolina na cidade de Guariba para almoçar e assistir ao jogo Brasil X Chile. A cobrança de pênaltis atrasou um pouco nossa viagem.
     Cada vez que viajo para o interior paulista fico mais impressionada com sua beleza, e com a riqueza de suas plantações. O que me deixa chateada são os pedágios, muitos e caros.



Colômbia - SP


     Nos perdemos em Barretos, mas, enfim, conseguimos entrar na BR-153 (Transbrasiliana, Belém-Brasília ou Rodovia Bernardo Sayão). Seguimos para Goiânia. Fiquei espantada com a estrada, bem mais conservada do que eu imaginava.
     Estava muito empolgada para chegar em Itumbiara e tirar uma foto da placa, pois adoro a música "Rumo à Goiânia", de Leandro & Leonardo. Desde o começo da viagem imaginava como seria chegar nesse trecho, por causa da música.

"Em Itumbiara/ Entrando em Goiás/ Quase que eu decolo/ Feito um avião..."

     A foto não ficou boa, mas, para mim, significou muito.

     Tivemos dificuldade para achar um hotel em Goiânia, mas, enfim, conseguimos. No dia seguinte, também tivemos dificuldade para sair de Goiânia. Depois de muitas voltas, conseguimos chegar à GO - 080 e, depois, à BR-153.

Goiânia - GO

Goiânia - GO




     Quando entramos no estado do Tocantins, percebemos a mudança (para pior) no asfalto da rodovia. Passamos por várias cidades, como Gurupi e Paraíso do Tocantins. Em Guaraí, seguimos pela TO-336, rumo à Conceição do Araguaia, já no Pará. Passei um pouco de medo nessa estrada, pois já era noite.



     Fiquei mais aliviada depois de cruzar a ponte sobre o rio Araguaia, já entrando em Conceição do Araguaia - PA. Chegamos destruídos pelo cansaço, afinal, foram 1.100 km de estrada. Meus pés estavam inchados. Dormimos na cidade, e no dia seguinte paramos para conhecer o rio Araguaia. Espetacular! Fiquei com vontade de ficar mais um pouco, mas não foi possível. Era preciso sair cedo, tentar chegar em Ourilândia do Norte ainda durante o dia, pois o pior trecho da estrada era o de Xinguara até Ourilândia.






     Passamos pelas cidades de Redenção, Xinguara e Água Azul, antes de chegar ao nosso destino. Na estrada, enfrentamos um congestionamento comum na região:




     Passamos a semana descansando em Ourilândia do Norte. Na quarta-feira, 2 de julho, fomos novamente almoçar em São Félix do Xingu. Dessa vez, pude ver melhor o encontro dos rios Xingu e Fresco.


     No sábado, 5 de julho, passamos por Canaã dos Carajás e ficamos impressionados com a cidade. Ficamos muito impressionados, também, com o tamanho da cidade de Parauapebas, bem diferente do que imaginávamos.

Rio Parauapebas



     No domingo, dia 6 de julho, visitamos a Floresta Nacional de Carajás, área preservada pela empresa Vale. Antes de chegar ao Parque Zoobotânico, encontramos esse rapazinho perambulando pela estrada:




O Parque Zoobotânico é muito bonito, com muitas árvores e animais. Adoramos o passeio!









     Depois do almoço, seguimos para Marabá, de onde sairia nosso voo no dia seguinte. Passamos por Curionópolis, e eu não pude deixar de registrar esse pedaço da nossa história.




     Dormimos em Marabá. No dia seguinte, voltamos para São Paulo.

     Aprendi muita coisa nessa viagem. Uma delas foi que o Pará possui características da floresta amazônica e do cerrado, uma vegetação de transição. Aprendi, também, que ao encontrar uma onça, não devemos correr. Devemos ficar parados e gritar muito, para que ela nos confunda com um predador, e não presa.
     Mais uma vez tive que engolir meu preconceito e ver o estado do Pará com outros olhos, como um bom lugar para se viver. Mas o mais importante que aprendi, ou reaprendi, melhor dizendo, é que o melhor lugar para se viver é a nossa casa, e que é muito bom ter para onde voltar.

"Estou de volta pro meu aconchego..." 
(Dominguinhos)



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