"Quem sabe direito o que uma pessoa é? Antes sendo: julgamento é sempre defeituoso, porque o que a gente julga é o passado."

(Guimarães Rosa - Grande sertão: veredas)






domingo, 19 de outubro de 2014

Cusco/ Machu Picchu - 14 à 19 de setembro de 2014






     Machu Picchu sempre foi um grande sonho para mim. E a proximidade de sua realização me deixou muito ansiosa durante os dias que antecederam a viagem. Pensar em dormir em outro país pela primeira vez também contribuiu para aumentar minha ansiedade, bem como o fato de não falar nada em espanhol.
     Viajamos para Lima na noite do dia 14 de setembro. Em Guarulhos, tivemos um pequeno contratempo. A moça no check in disse que meu marido não conseguiria desembarcar no Peru com seu RG (ainda não temos passaportes), que ele precisava pelo menos plastificá-lo. Ele pensou em desistir, mas encontramos um lugar que plastificava documentos dentro do aeroporto, e a viagem aconteceu sem maiores problemas.
     Chegamos em Lima 23h30, mas nosso voo para Cusco só sairia 5h30 da manhã. Então tivemos que nos ajeitar no chão do aeroporto enquanto esperávamos.

Dormindo no chão do aeroporto de Lima

     Chegamos em Cusco e o dia estava lindo! Cada detalhe do caminho me deixava admirada. Já agendamos dois passeios com a agência indicada pelo motorista do táxi e seguimos para o hostel Che Lagartos, que por sinal foi o pior que já me hospedei em todas as minhas andanças. O quarto era deprimente, a lâmpada muito fraca, a água do chuveiro demorava pra esquentar e esfriava de repente (e à noite fazia muito frio), a descarga não funcionava direito... A única vantagem era a localização, bem próxima à Plaza de Armas.
     Reservamos esse primeiro dia para descansar e acostumar com a altitude (Cusco fica a 3.400m de altitude). Não passei mal, mas sentia cansaço nas caminhadas.

Voo para Cusco

Plaza de Armas

Plaza de Armas

Experimentando a Inca Kola



   
     No dia 16 de setembro fizemos o passeio ao Vale Sagrado. Visitamos Pisaq e almoçamos em Urubamba (onde experimentei o chá de coca). Depois visitamos Ollantaytambo e Chinchero.


Vista da estrada para Pisaq

Pisaq

Experimentando o chá de coca em Urubamba


Ollantaytambo



Chinchero


     O dia 17 de setembro era o mais esperado! Saímos de madrugada para a estação de Poroy, de onde partimos de trem para Águas Calientes. Foram 3 horas de viagem, com paisagens impressionantes.


Viagem de trem para Águas Calientes

Estação de Poroy


     Quando chegamos a Machu Picchu e eu vi a paisagem das fotos que a vida inteira admirava pelas revistas de viagem de meu pai e depois pela internet, senti uma emoção muito grande. Não sabia se fotografava, se pedia para meu marido me fotografar ali ou se só deveria ficar parada, admirando. Realmente, é tudo o que dizem e mais um pouco! A imponência das construções e a paisagem do lugar são impressionantes! E é maravilhoso realizar um sonho!




     No dia seguinte, visitamos Qorikancha, Sacsayhuaman, Q'enqo, Pukapukara e Tambomachay. 

Plaza de Armas - último dia


Mercado de San Pedro

Qorikancha

Sacsayhuaman


Q'enqo

Pukapukara

Tambomachay

     Ficamos impressionadas com a quantidade de turistas de todas as partes do mundo. O Brasil está longe de ser tão cosmopolita.
     A culinária local também impressionou. Todos os dias queria beber a chicha morada, bebida à base de milho roxo, frutas e especiarias.Apreciei muito a chaufa de quinua e a sopa criolla. Outra curiosidade: é muito barato comer em Cusco. Nos alimentamos bem todos os dias. Inclusive, almoçamos num restaurante bem elegante no último dia, pois o preço é bem parecido com o de um almoço qualquer aqui no estado de São Paulo.
     Cusco mostrou estar preparada para receber turistas do mundo todo. Em todos os lugares, as pessoas falavam devagar para entendermos, ou mostrava a foto dos pratos. 
     Os uniformes escolares são bem diferentes dos nossos. As meninas usam saias até o joelho e meias compridas. Os professores usam terno. 
      A viagem valeu muito a pena! É muito bom ter a oportunidade de conhecer outras culturas, sair da nossa zona de conforto. Sempre que viajamos, refletimos sobre nossa realidade, percebemos como nossa vida é maravilhosa e valorizamos o que realmente importa.
    

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